O setor de eventos brasileiro com foco na geração de negócios segue em trajetória ascendente e alcançou resultados históricos no primeiro semestre de 2025. De acordo com um barômetro da UBRAFE/SPTURIS, foram realizados 612 eventos de grande porte — todos com público mínimo de 700 participantes — entre janeiro e junho deste ano, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2024. O número de visitantes únicos também atingiu um recorde: 3,2 milhões de pessoas, alta de 14% sobre o ano anterior.
A análise mostra que, além da recuperação pós-pandemia, a indústria vive um ciclo de expansão impulsionado por investimentos, inovação e pela retomada consistente das agendas corporativas e setoriais. 69% dos eventos registrados no primeiro semestre de 2025 foram corporativos, consolidando o segmento como protagonista da movimentação econômica e do calendário nacional. Congressos (10%), feiras setoriais de negócios (13%) e convenções (8%) completam o quadro.
Além do barômetro, o setor também conta com outra iniciativa importante em andamento: o Terceiro Dimensionamento Econômico da Indústria de Eventos no Brasil. O estudo está sendo conduzido por um conjunto de 15 entidades do setor — entre elas, a ABRACE —, com coordenação geral da ABEOC Nacional, apoio do Sebrae e do Observatório da Indústria da FIEC (CE). Previsto para durar 12 meses e envolver cerca de 2 mil empresas, o levantamento trará um panorama atualizado do impacto econômico da indústria de eventos no PIB nacional, sucedendo edições anteriores realizadas em 2003 e 2013.
Crescimento traz oportunidades e desafios
Os números positivos refletem novas oportunidades para marcas, expositores e patrocinadores, mas também aumentam a responsabilidade sobre a forma como os eventos são concebidos e executados. A exigência por empresas estruturadas e qualificadas nas contratações é um fator decisivo para garantir segurança, inovação e eficiência no uso de recursos.
“Esse tipo de levantamento contribui para um planejamento mais assertivo, alinhado às melhores práticas e capaz de gerar impacto positivo em toda a cadeia produtiva dos eventos. Com ele, conseguimos dimensionar a relevância da indústria de eventos voltados para geração de negócios e direcionar esforços para qualificá-la ainda mais. É muito gratificante fazer parte da construção de dados para o mercado, mas é preciso considerar que o crescimento também traz consigo preocupações”, afirma Paulo Passos, Diretor Executivo da ABRACE.
Para a ABRACE (Associação Brasileira de Cenografia e Estandes), investir em fornecedores associados à entidade é um diferencial estratégico: além de passarem por um processo criterioso de admissão, que envolve comprovação de experiência, estrutura técnica, registro em órgãos competentes e referências de mercado, essas empresas oferecem mais credibilidade, confiança e conformidade, reduzindo riscos e assegurando entregas de alto padrão.
“O trabalho da ABRACE é justamente destacar as empresas que comprovam seriedade, capacidade técnica e responsabilidade em suas entregas. Esse reconhecimento precisa ser acompanhado pela qualidade necessária, tanto na contratação de cenografias quanto de estandes. É dessa forma que conseguimos transformar números em experiências mais consistentes e seguras para marcas, expositores e patrocinadores”, completa Paulo Passos.
Fundada em 2011, a entidade atua nacionalmente para elevar o padrão técnico e criativo de montagens e cenografias, orientando organizadores e empresas a priorizarem fornecedores qualificados, com responsabilidade técnica e alinhamento às normas vigentes. Além disso, criou o Briefing de Cenografia da ABRACE, documento pioneiro que orienta contratações mais estratégicas, evitando improvisos e desperdícios — um passo essencial para acompanhar o crescimento acelerado e a sofisticação da indústria de eventos no Brasil.
Foto: Patrícia Cruz