Empresas vendem R$ 1,2 bilhão na Expo Óptica 2025 

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O faturamento do setor óptico brasileiro na Expo Óptica 2025 foi superior ao registrado no evento do ano passado. Entre 9 e 12 de abril as mais de 140 empresas expositoras presentes ao Expo Center Norte realizaram negócios e encaminharam negociações, a serem concluídas nas próximas semanas, que representarão faturamento de R$ 1,2 bilhão. 

“Alcançamos um resultado 18% superior ao registrado em 2024, um crescimento expressivo que superou todas as expectativas e reafirma a força e a relevância da Expo Óptica como o principal ponto de encontro do setor óptico brasileiro e latino-americano”, destaca Ambra Nobre Sinkoc, diretora Executiva da Abióptica e responsável pela maior feira do setor óptico da América Latina.

A Expo Óptica 2025 foi visitada por mais de 22 mil pessoas, 14% a mais que na edição de 2024. Desse total, 423 vieram de 25 países. “Os compradores estrangeiros estão entendendo que a maior vitrine do setor na América Latina acontece em abril em São Paulo onde é possível ver em um só lugar mais de 450 marcas do mercado, entre as mais significativas do mundo”, comemora a diretora Executiva. 

Capacitação profissional

A jornada de capacitação promoveu 38 palestras e workshops que foram vistas por mais de 2.800 participantes. Esse ano, a Abióptica fez o levantamento do total de ópticos, optometristas e oftalmologistas que estiveram no evento. Nos quatro dias da Expo Óptica 2025 passaram pelo pavilhão Vermelho do Expo Center Norte 1.511 ópticos e optometristas e 109 oftalmologistas. “Esse é outro aspecto importante do nosso evento: somos o polo de atração para os profissionais que buscam ampliar seus conhecimentos”, conclui Ambra.

Rodada de Negócios amplia visibilidade internacional do setor óptico brasileiro

Promovida pela Abióptica com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), a Rodada de Negócios, 
ampliou a visibilidade do setor óptico brasileiro. “Os compradores internacionais conheceram os produtos feitos no Brasil assim como puderam verificar a qualidade de nossa produção industrial”, diz Ambra Nobre Sinkoc, diretora Executiva da Abióptica.

O projeto chama-se Optical Business e trouxe ao Brasil um grupo de cinco compradores internacionais de Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Portugal. Os visitantes estiveram na Expo Óptica 2025 e foram conhecer também uma fábrica e um laboratório nacionais. 

A visão estrangeira

Felipe Vives, da Optibrands do Chile, observa que o desafio dos exportadores brasileiros é oferecer preços competitivos para desenvolver parcerias de longo prazo. Sofia Bianchi, da Vale 4 da Argentina, ficou positivamente impressionada com o que conheceu nas fábricas brasileiras e entende que essa base industrial será o suporte para futuras parcerias. 

Oscar Alexander, da Centaurus do Peru, comparou o parque fabril brasileiro ao chinês, em relação a qualidade de produtos, e disse que está em pé de igualdade. No entanto, ele apontou como vantagem para o Brasil a qualidade no acabamento e nos detalhes das peças.

Para Roberto Marquez, da Asdamar da Colômbia, as empresas brasileiras precisam de mais linhas de produtos de entrada, para ampliar o acesso do público ao mercado óptico. Ele destacou que as linhas de acessórios feitas no Brasil são muito criativas e variadas, com elevada qualidade.

A visão brasileira

Fabio Guimarães, diretor Comercial da Prime Cases que exporta 14 mil peças por mês, considera que, com essa iniciativa, a semente exportadora foi plantada no setor. Silvio Luigi, diretor Comercial da HB Hot Buttered que exporta anualmente 30 mil peças, considera a modelo “Rodada de Negócios” eficiente porque agiliza a fase de prospecção que é feita pela ApexBrasil. 
Para Ellen Rodrigues, gerente de Comércio Exterior da JR Adamver, o encontro pode resultar na expansão de sua carteira de clientes no exterior.

A empresa tem como estratégia triplicar as exportações nos próximos cinco anos, passando das atuais 100 mil peças exportadas para 300 mil peças.

Esdras Negreiros, diretor Executivo da Cattu, considerou válida sua participação na Rodada de Negócios como uma oportunidade de apresentar seus produtos no mercado externo. Raphael Silva, gerente de Receitas da ssOtica, foi ao encontro para obter mais informações a respeito dos mercados da América do Sul, que operam com regras fiscais e moedas diferentes do Brasil. 

Foto: Divulgação