Chá é tendência de consumo no Brasil segundo dados da Euromonitor International

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Dados da pesquisa da Euromonitor International em agosto de 2021, indicam que o consumo de chá e infusões no Brasil cresceu 25% entre 2013 e 2020, quase o dobro da média mundial de 13%, comprovando o vasto interesse dos brasileiros pela bebida e um mercado promissor.

De acordo com o levantamento, o chá é a segunda bebida mais consumida do mundo depois da água. Todos os dias, cerca de 2 bilhões de pessoas tomam chá, seja ele quente ou gelado, puro ou com leite e açúcar.

Além de ser bastante apreciada pelos brasileiros, a bebida ganha cada vez mais  espaço na gastronomia entre os chefs de cozinha, chefs pâtissieur, mixologistas e baristas. Esses profissionais  vêm apostando no chá como ingrediente de receitas diversas. O matcha latte, por exemplo, é um hit nas cafeterias das grandes cidades.

Dia do Chá

No dia 21 de maio, amantes de chá ao redor do mundo terão um motivo a mais para se reunir e levantar suas xícaras: afinal, é Dia do Chá! Esta data especial é uma oportunidade perfeita para mergulhar nos segredos de uma das bebidas mais consumidas no mundo.

O Dia Internacional do Chá era celebrado em 15 de Dezembro por diversos países produtores. No entanto, em 2020, a importância desta cultura foi oficialmente reconhecida pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) e a data desta homenagem ficou estabelecida mundialmente em 21 de Maio.

Mais do que uma Bebida: Uma Viagem pela História

Originário da planta Camellia Sinensis, o chá é consumido há mais de 5.000 anos. Diz a lenda que o imperador chinês Shen Nong descobriu o chá por acaso, quando folhas da planta caíram em sua água fervente. Desde então, a bebida conquistou paladares em todo o globo, tornando-se um símbolo de hospitalidade e meditação em muitas culturas.

Semana da Cultura do Chá no Brasil

A Semana da Cultura do Chá no Brasil 2024 já tem data marcada: de 29 de julho a 4 de agosto de 2024. Para o evento, estão previstas centenas de atividades, como workshops, promoções, encontros, degustações, webinares, e outros, que acontecerão online e presencial em vários estados, envolvendo a cultura em torno da bebida. Haverá também uma programação dedicada a empreendedores do ramo, tea blenders, gestores, proprietários de cafeterias, baristas, entre outros. Em 2022, a primeira edição da Semana contou com 250 empresas convidadas, cerca de 400 atividades e mais de 2.600 participantes, com apoio de embaixadas internacionais.

Curiosidades sobre o Chá

Chá vem de uma única planta – Todas as variedades de Chá vêm da mesma planta, a Camellia Sinensis. Os chás das 6 famílias verde, preto, branco, amarelo, oolong e pós-fermentados, são todos feitos a partir de suas folhas e brotos, porém, a diferença está nos processos de oxidação e fermentação que cada tipo de chá sofre. Por isso, os mestres de chá são extremamente importantes, já que são eles os responsáveis pela forma de cultivo e processamento que darão a identidade de cada chá.

Outras plantas geram infusões – Apesar de ser comum no Brasil chamarmos de “chá” todas as bebidas infundidas derivadas de plantas – muito por conta das tradições indígenas e portuguesas -, esta terminologia não é a mais adequada, segundo profissionais. Bebidas derivadas do hortelã, alecrim, camomila, melissa, entre outras plantas, são “infusões”, “tisanas” ou ainda “chás herbais”.

O Chá é associado à meditação – Apesar de ter sido “descoberto” na China, o chá foi levado para o Japão – onde foi adaptado para a sua cultura – por monges zen budistas, que o utilizavam como auxílio para o estado meditativo. A presença da L-Teanina, aminoácido encontrado apenas na Camellia sinensis e em alguns tipos de cogumelos, colabora para o relaxamento do corpo e mente sem sonolência, também estimulando o foco e a concentração.

Chineses classificam a “energia” do chá – Para os chineses, cada chá impacta o corpo com uma determinada energia. Eles utilizam a palavra “Qi” para compreender de forma integrativa o efeito que as bebidas trazem para quem consome, não apenas no campo físico, mas também, no campo energético.

Fotos: Freepik/ Fran Micheli