Exposição imersiva “Eu, Ayrton Senna da Silva – 30 Anos” no Lar Center

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A partir de 15 de janeiro de 2025, o Lar Center, na Zona Norte de São Paulo, recebe a exposição imersiva e interativa “Eu, Ayrton Senna da Silva – 30 Anos”, em homenagem aos 30 anos do legado do ídolo da Fórmula 1. A mostra, que ocupa o Hub de Eventos no piso térreo, traz uma experiência única, permitindo que os visitantes revivam a trajetória de Senna por meio de tecnologia de ponta, como modelagem 3D e inteligência artificial. Uma verdadeira viagem pelo tempo, unindo memórias de infância, vitórias nas pistas e sonhos que fizeram de Ayrton um ídolo eterno nas memórias de muitos fãs.

O público é transportado para momentos marcantes de sua vida, com cenários imersivos e recursos multissensoriais que tornam a experiência inesquecível. Além de celebrar suas vitórias e sonhos, o público poderá ver itens do acervo pessoal de Senna. A exposição também conta com uma dinâmica social, destinando R$1,00 de cada ingresso ao Instituto Center Norte, e oferece descontos especiais para clientes do programa Viva CN.

O horário de visitação será de segunda a sexta-feira, das 14h às 22h, aos sábados das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 14h às 20h. O Shopping Lar Center está situado na Av. Otto Baumgart, 500. Piso Térreo – Hub de Evento.

Laço com a Zona Norte

A mostra tem um forte laço emocional com a Zona Norte de São Paulo, pois foi na região que Ayrton Senna nasceu, viveu boa parte de sua vida e cultivou valores que o transformaram em ícone mundial.

A região também abrigou o escritório do piloto na Vila Maria e em Santana, está localizada uma das sedes do Instituto Ayrton Senna.

Legado

Nascido no dia 21 de março de 1960, morto, tragicamente, no dia 1º de maio de 1994, durante o GP de San Marino, em Ímola, deixou em seu legado muito mais do que como se pilota nas mais rápidas pistas do mundo. Em seu legado está uma verdadeira lição de amor ao Brasil, que até hoje o tem como seu grande herói nacional dos tempos contemporâneos. Três décadas se passaram desde aquele trágico domingo, mas Senna jamais será esquecido.

Trajetória nas pistas

Ayrton Senna da Silva começou a correr ainda em sua infância. Mesmo enfrentando um diagnóstico médico que acusava problemas de coordenação motora, seu pai comprou um kart com 1 HP de potência e incentivou o filho a praticar nos finais de semana. O primeiro kart de competição, com motor de 100cc, ganhou aos dez anos. Porém, precisou esperar até os 13 para poder competir regularmente, ganhando o campeonato sul-americano em 1977. Depois de repetir o título no ano seguinte, seguiu o caminho lógico de todo piloto talentoso, continuando a carreira na Europa. Sempre no karting, conseguiu o sexto lugar no mundial em Le Mans, um resultado excepcional para um corredor com pouca experiência internacional. Em 1981 foi para Inglaterra. Correu na Fórmula Ford 1600, com um Van Diemen. Competia em duas categorias ao mesmo tempo, e acabou vencendo a ambas.

Em 1983 foi disputar corridas na Fórmula 3 britânica, uma categoria que na época era considerada um teste perfeito para provar a capacidade de qualquer piloto. Dois pilotos eram os favoritos da temporada: Ayrton Senna e o inglês Martin Brundle. Senna acabou ganhando as primeiras nove corridas do ano, mostrando a determinação e a sede de vitórias que seriam a marca registrada da sua futura carreira na F1. No final do ano, a vitória na corrida internacional de Macau, na China, o colocou na mira dos donos das equipes de Fórmula 1. Depois de um abortado interesse da Brabham (que segundo dizem, teria sido vetado por Nélson Piquet, primeiro piloto da equipe, na época), acabou assinando contrato de três anos com a Toleman.

A estréia foi em 1984, no GP do Brasil. Mas foi na corrida das ruas de Mônaco, sob a chuva, que a lenda de Ayrton nasceu. Como a chuva sempre foi uma grande niveladora dos carros de corrida, o brasileiro foi levando sua Toleman cada vez mais perto do primeiro pelotão e, já na sétima volta, estava na sexta posição. Perto do terço final da prova Prost estava em 1º com Senna em 2º, mas com 33.8 segundos desvantagem. Na volta 31, com a chuva caindo muito forte, a diferencia já havia caído para 7.4 segundos quando os comissários determinaram o final da corrida. A vitória lhe foi negada, porém Senna saiu de Mônaco como piloto-revelação, iniciando em seguida conversações secretas com a Lotus para a temporada de 1985.

Apesar das vitórias de Estoril e Bélgica, Senna percebeu que a Lotus já não era a mesma dos tempos de Clark e Emerson e mudou-se para a McLaren na temporada de 1988, onde conquistou seu primeiro título mundial vencendo oito corridas na temporada. Foi uma fase de extrema prodigialidade de Senna, que fazia quase todas as poles possíveis, e vencia mais corridas que seu principal adversário, o francês Alain Prost. Disputando na mesma equipe, os dois começaram a se tornar rivais até fora da pista. Senna ganhou novamente o título mundial no ano de 1990, feito que repetiu mais uma vez no ano seguinte. Em 1994 saiu da vitoriosa McLaren e foi para a equipe de seus sonhos, a Williams. Sua adaptação ao novo carro, que vinha de uma boa fase, mas penou para engrenar as modificações feitas para essa temporada, se mostrou muito complicada.

Trágica corrida

O brilho de Senna permaneceu até a trágica corrida de Ímola. Um a um, os recordes foram caindo, tornando o brasileiro um dos maiores e mais carismáticos pilotos de todos os tempos. Até que chegou a corrida de Ímola. A sombra negra da morte não parou de ficar o tempo todo no ar daquele fim de semana. Nos treinos de sexta-feira um grave acidente, com o também brasileiro Rubens Barrichello, assustou a muitos, e Rubinho não pôde nem disputar o restante dos treinos. No sábado, já nos treinos oficiais, uma fortíssima batida contra um dos muros da pista acabou ceifando a primeira vida: o Ratzemberg, jovem piloto, morreu dentro de seu carro destroçado. A cena foi muito forte, e o treino ficou suspenso por muito tempo, até que os pilotos forçaram o encerramento do treino.

No domingo, dia da fatídica corrida, algo sai errado na entrada da Tamburello. A barra de direção de sua Williams se parte (não há certeza se antes ou depois da batida). O carro de Senna dá uma pequena guinada para o lado da curva e acaba saindo reto. Como a velocidade dos carros naquela curva é muito alta, já que é quase uma reta em curva, o carro de Senna bateu num ângulo muito desfavorável, e a mais de 230 km/h. Uma parte da suspensão de seu carro entrou pelo seu capacete, e feriu o nosso Senna mortalmente.

Foto: Divulgação